Moçambique figura entre os principais fornecedores globais de grafite para a produção de baterias dos veículos elétricos da Tesla, liderados pelo visionário Elon Musk. O país abriga a mina de Balama, considerada uma das maiores fontes do mineral, operada pela australiana Syrah Resources Limited. O grafite extraído na região é enviado para os Estados Unidos, onde é processado em Vidalia, Louisiana, antes de ser utilizado nas baterias.
No entanto, recentes ondas de manifestações em Moçambique colocam em risco a exportação desse recurso estratégico. O cenário levanta preocupações sobre possíveis impactos em um dos maiores projetos da Tesla, que depende de cadeias de suprimentos estáveis e diversificadas para sustentar a crescente demanda global por veículos elétricos.
Além de Moçambique, a Tesla busca ampliar sua base de fornecedores, firmando acordos com outras empresas. Entre os parceiros estão a Magnis Energy Technologies, que também fornece grafite, e a Panasonic, que garantiu o material por meio da Novonix, com plantas na América do Norte.
Esses esforços ressaltam a estratégia da Tesla de reduzir a dependência de uma única região ou fornecedor, fortalecendo sua cadeia de suprimentos e garantindo a disponibilidade de materiais essenciais para a produção de baterias. Contudo, a instabilidade em países-chave como Moçambique pode representar um desafio significativo para os planos da empresa.