“Recordando Chico António” é um evento que reúne neste domingo, 12 de Janeiro, amigos e fazedores das artes, no espaço Massala Mar, na Katembe, para recordar um dos maiores ícones da música moçambicana, Chico António, falecido a 13 de Janeiro de 2024.
O evento que terá início a partir das 10:00 horas, contará com uma série de atrações, nomeadamente feira gastronômica, oficina de artes para crianças a ser orientado pelo artista visual Tchalata, música ao vivo com artistas locais e com o convidado próprio, o Professor Orlando da Conceição que será escoltado pela orquestra Xiwora Mati e o Dj Pateta. Está agendado também a projeção de fotos retratando secção da vida e obra do músico assim uma vez que depoimentos de amigos e artistas para relembrar o Chico.
O destaque do evento será a inauguração de um mural devotado ao Chico António, que teve a mediação dos artistas Jey Gandhy e Tchalata.
Jey Gandhy centrou a sua mediação no retrato do músico Chico António enquanto que Tchalata trouxe a volta do retrato do Chico António, a urgência de incluir um embondeiro uma vez que fora de simbolizar o poder da mediação do artista na sociedade.
Dito Paulo, um dos organizadores e colega do Chico António, afirma que fazer secção da iniciativa é o executar com a realização de uma justificação, a cultura, assim uma vez que considera ser uma das formas de perpetuar o legado do Chico António, nomeadamente a questão do paixão ao próximo.
“Oriente mural não é do Massala Mar, é um contributo para a região moçambicana e não só. Chico era cidadão do mundo e por cá passam cidadãos de vários cantos de mundo. Acreditamos que levarão a mensagem que Chico sempre defendeu: tranquilidade, paixão e alegria com destaque aos mais necessitados.”
Breve Historial do ChIco António
Nascido em 1958 no região de Magude província de Maputo no sul de Moçambique, cresceu no internato da missão de S. José de Lhanguene e quando tinha 9 anos de idade torna-se solista de um coro de 50 pessoas na igreja ao mesmo tempo que se inicia na aprendizagem do trompete e solfejo durante 12 anos.
Entre 1979/1992 ele fez secção de grupos que compunham música com base em ritmos tradicionais moçambicanos tais uma vez que: Grupo Instrumental n°1 de música ligeira, RM (grupo da Rádio Moçambique) e Orquestra Marrabenta Star de Moçambique e faz tournées para (Inglaterra, Holanda, Itália, França, Portugal, Suécia, Noruega, Dinamarca, Zimbabwe, Guiné Conacry, Cabo-Verdejante e outros países.
Em 1990 ganha o prémio Descobertas da RFI (Radio França Internacional) e recebe uma bolsa de estudos para estudar técnicas bases de piano, arranjos e captação de sons em estúdio. Ele considera Manu Dibango o mentor que lhe aconselhou a concluir seus estudos e a voltar para Moçambique para pesquisar e incentivar outros músicos a trabalhar em pesquisas para a progressão da música moçambicana através dos ritmos tradicionais de Moçambique.
Grava seu primeiro disco em 1991 graças a RFI e a Maison des cultures du Monde. Chico trabalhou em laboratório de experimentos de fusão de instrumentos e ritmos tradicionais com instrumentos e ritmos modernos incentivando os profissionais e a novidade geração a trabalhar nessa direcção de forma a encontrar uma maneira de estar e ser do músico moçambicano.
Em Outubro de 2014 lançou o disco “Memórias” com 15 temas com destaque para temas uma vez que Baila Maria, Mercandonga, Antlissa Maria, Vai manducar camarão.
No dia 4 de Abril de 2018, o Juízo Municipal de Maputo atribuio ao músico Chico António o Prémio Curso em reconhecimento as acções de promoção e valorização da cultura moçambicana a nível pátrio assim uma vez que além-fronteira.
A voz do Chico António, calou-se no dia 13 de Janeiro de 2024, vítima de doença, no Hospital Medial de Maputo (HCM).
Fotos: Emídio Jozine e Ouri Pota