O Governo cubano repudiou o pedido do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe para uma “mediação militar internacional” na Venezuela, com vista a tirar do poder Nicolás Maduro, advertindo que teria “consequências imprevisíveis” para a região.
“Os apelos irresponsáveis para uma mediação militar internacional na Venezuela, feitos por vários atores, são um facto grave, que repudiamos e que, se tal façanha fosse para a frente, teria consequências consideráveis e imprevisíveis para a tranquilidade e segurança regionais”, afirmou leste domingo o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, nas redes sociais.
Nicolás Maduro foi empossado na sexta-feira uma vez que Presidente venezuelano para um terceiro procuração contínuo de seis anos (2025-2031), mas a oposição reivindica a vitória eleitoral de Edmundo González Urrutia.
O líder chavista foi proclamado vencedor das eleições presidenciais de 28 de Julho pelo Recomendação Vernáculo Eleitoral (CNE), com base em resultados que ainda não são conhecidos em pormenor. Isto apesar de o calendário solene legalizado para a realização das eleições prever a publicação dos resultados.
Uribe (presidente colombiano entre 2002 e 2010) falou no sábado na possibilidade de uma “mediação internacional” na Venezuela, “apoiada pelas Nações Unidas”, para retirar “tiranos do poder e convocar de inesperado eleições livres”.
A proposta foi apoiada também por outro ex-presidente colombiano, Iván Duque (2018-2022).
Em resposta, Maduro avisou que a Venezuela está a preparar-se, juntamente com Cuba e a Nicarágua, para “pegar nas armas”, se necessário, para proteger “o recta à tranquilidade, a soberania e os direitos históricos” do país.
Defendeu ainda que, “se for o caso”, devem ter a capacidade de “o enfrentar com armas na mão” e “com luta armada legítima”.
“Ninguém quer a mediação militar que Uribe está a pedir”, acrescentou. (RM /NMinuto)