Na madrugada desta quinta-feira (16/01/2025), foi executado na localidade de Bândua, no distrito do Búzi, província de Sofala, Sande António, um membro sênior do grupo de apoio a Venâncio Mondlane. Sande era apontado como líder das manifestações violentas na região. Durante o mesmo incidente, outro membro do grupo sofreu um ferimento no braço.
Até o momento, os autores do crime permanecem desconhecidos. No entanto, apoiantes de Venâncio Mondlane no Búzi acusam a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) de estar por trás do ato.
Este incidente eleva para 12 o número de vítimas mortais relacionadas a perseguições políticas no país, todas com ligações ao partido de oposição PODEMOS e ao político Venâncio Mondlane. Entre os casos mais recentes estão a morte de um delegado em Búzi e de um jornalista em Nampula.
As tensões políticas continuam a crescer, alimentando preocupações sobre a estabilidade e segurança no cenário político nacional.
Apesar do assassinato de Sande António e do aumento do número de vítimas mortais ligadas a perseguições políticas, o presidente do partido PODEMOS permanece em silêncio, sem emitir quaisquer pronunciamentos sobre as mortes de seus membros.
A postura do líder partidário tem sido alvo de duras críticas, sendo interpretada por muitos como um reflexo de ganância e falta de empatia diante das perdas humanas dentro de sua própria organização.
Enquanto isso, o clima de tensão política continua a crescer, agravado pela ausência de medidas concretas ou declarações que abordem as recentes execuções e o impacto sobre os apoiantes do PODEMOS em várias regiões do país.