O Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, apresentou um balanço preocupante sobre os impactos das manifestações pós-eleitorais que se prolongaram por cerca de 90 dias no país. Segundo os dados divulgados, 956 casos de violência foram registrados, resultando em destruição significativa de bens públicos e privados, além de perdas humanas.
No período, foram incendiadas 210 residências, sendo 50 delas pertencentes a membros da PRM. No total, 1470 famílias ficaram desabrigadas. Além disso, 482 estabelecimentos comerciais foram completamente destruídos, assim como 118 viaturas, das quais 66 pertenciam à corporação policial. As cadeias nacionais também foram alvo, e 156 comandos distritais foram atingidos, com 77 totalmente devastados.
Outro dado alarmante é o desaparecimento de 53 armas, que, segundo suspeitas, podem estar em posse de manifestantes. Em relação às perdas humanas, 96 pessoas perderam a vida durante os confrontos, incluindo 17 agentes da polícia.
Bernardino Rafael destacou que a polícia atuou para restaurar a ordem e garantir a segurança pública, mas os números revelam a magnitude da violência e das tensões sociais no período pós-eleitoral. Entre os alvos da destruição estavam residências de policiais, estabelecimentos comerciais e infraestruturas públicas e privadas, evidenciando a gravidade da situação.