
O ex-Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, declarou que deixa a corporação com um sentimento de tristeza, marcado pelos danos causados pelos protestos pós-eleitorais no país.
Durante a cerimônia de posse do novo Comandante-Geral da PRM, Rafael lamentou os impactos negativos das manifestações, destacando o alcance da destruição. “Deixo a polícia com instalações destruídas por manifestações subversivas, com 187 membros feridos e 17 famílias enlutadas pela perda de seus entes queridos. Além disso, 77 Comandos Distritais foram completamente destruídos”, afirmou o ex-dirigente.
Bernardino Rafael, cuja liderança foi alvo de críticas e protestos populares, é amplamente apontado como uma figura controversa, sendo associado a supostas práticas repressivas atribuídas a esquadrões da morte.
Apesar do sentimento de tristeza, Rafael expressou otimismo em relação ao futuro da corporação, acreditando que a nova liderança será capaz de reconstruir e recuperar o que foi perdido. “Foi uma conquista que levou muitos anos para ser alcançada. Espero que o trabalho continue em prol da segurança e estabilidade do país”, concluiu.
A transição de liderança na PRM ocorre em um momento de grande tensão social e desafios significativos para a segurança pública em Moçambique.