
O Presidente da República, Daniel Chapo, liderou esta segunda-feira, na Praça dos Heróis, na cidade de Maputo, as cerimónias centrais do Dia dos Heróis Moçambicanos. O evento, que incluiu a deposição de uma coroa de flores, contou com a presença de altas figuras do Estado, incluindo titulares dos órgãos de soberania, membros do governo, representantes das Forças de Defesa e Segurança, corpo diplomático, combatentes da luta de libertação nacional e diversos segmentos da sociedade.
A data marca o 56.º aniversário da morte de Eduardo Mondlane, primeiro Presidente da FRELIMO e considerado o arquitecto da Unidade Nacional. Mondlane foi assassinado a 3 de Fevereiro de 1969, na Tanzânia, durante a luta armada pela independência de Moçambique. Chapo destacou que o seu sacrifício foi crucial para a libertação do país do regime colonial português.
No seu discurso, o Chefe de Estado exortou todos os moçambicanos a envolverem-se activamente nas celebrações dos 50 anos da independência nacional, que se aproximam. Chapo enfatizou a importância de honrar os heróis que lutaram pela liberdade do país e de inspirar as gerações mais jovens com a história de Moçambique. “Celebrar esta data significa reconhecer aqueles que, há mais de meio século, dedicaram as suas vidas à libertação do nosso povo”, afirmou.
O Presidente destacou ainda a necessidade de união e diálogo para a construção de um Moçambique mais harmonioso e próspero. “A edificação do país deveu-se à coragem e determinação de diferentes gerações. Devemos continuar a trabalhar juntos, superando as diferenças, para alcançar o desenvolvimento sustentável que todos desejamos”, disse Chapo.
Chapo também mencionou as negociações em curso com partidos políticos representados no parlamento, bem como o planeado alargamento do diálogo a outros sectores da sociedade, incluindo a sociedade civil, confissões religiosas e instituições académicas. O objectivo é fortalecer a estabilidade social e política do país.
O Presidente não deixou de reconhecer os desafios que Moçambique ainda enfrenta, mas destacou que o trajecto desde a independência, em 1975, tem sido positivo. No entanto, sublinhou a necessidade de acelerar o combate à corrupção e outros males que afectam o desenvolvimento do país.
“A independência económica é um dos pilares fundamentais para garantir que todos os moçambicanos vivam com dignidade”, afirmou.
Chapo encerrou o seu discurso lembrando o funeral de Eduardo Mondlane, que teve honras militares de Chefe de Estado e reuniu milhares de pessoas em homenagem ao líder histórico.
“Celebrar o Dia dos Heróis Moçambicanos é um dever patriótico. Não esquecemos o sacrifício dos melhores filhos de Moçambique e reiteramos a confiança no nosso desígnio nacional”, concluiu.
A cerimónia serviu não apenas para honrar os heróis do passado, mas também para reforçar o compromisso com a construção de um futuro melhor para todos os moçambicanos.