
Na manhã desta segunda-feira, cinco funcionários do governo queniano foram sequestrados por homens armados do grupo terrorista Al-Shabaab no Condado de Mandera, região próxima à fronteira com a Somália. A informação foi confirmada pela polícia local.
De acordo com o comandante da polícia de Mandera Sul, Julius Njeru, os cinco administradores regionais, conhecidos como “chefes”, estavam a caminho de Wargadud para a cidade de Elwak, em Mandera, quando foram interceptados pelo grupo armado. A região fica a aproximadamente 1.135 quilômetros (705 milhas) a nordeste de Nairóbi, próxima às fronteiras com a Somália e a Etiópia.
“Os chefes estavam a caminho do trabalho quando foram sequestrados”, declarou Njeru aos repórteres. No Quênia, os “chefes” são funcionários públicos designados pelo Ministério do Interior para atuar como administradores locais. Suas responsabilidades incluem manter a lei e a ordem, coordenar operações de segurança e supervisionar programas governamentais em nível comunitário.
A área onde o sequestro ocorreu é conhecida por enfrentar constantes ameaças à segurança devido à sua proximidade com a Somália, onde o Al-Shabaab atua. A fronteira porosa entre os dois países facilita a infiltração de grupos armados, aumentando os riscos para a população e autoridades locais.
As forças de segurança já iniciaram operações de busca para localizar e resgatar os funcionários sequestrados. As autoridades também estão pedindo a colaboração dos moradores da região, solicitando que qualquer informação relevante seja repassada para auxiliar nas investigações.
O Al-Shabaab, grupo militante associado à Al-Qaeda e baseado na Somália, é responsável por diversos ataques no Quênia, especialmente na região nordeste do país. Em uma insurgência que já dura anos, o grupo tem como alvo forças de segurança, autoridades governamentais e civis, em retaliação à participação do Quênia na missão de paz da União Africana na Somália.