
Nesta quarta-feira, Israel declarou que deixará o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDHNU), seguindo a decisão dos Estados Unidos de se retirar do órgão. A medida foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa’ar, em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
“Israel saúda a decisão do presidente (Donald) Trump de não mais participar do Conselho de Direitos Humanos da ONU”, afirmou Sa’ar. “Israel se junta aos Estados Unidos e não participará do CDHNU”, completou.
Na terça-feira, Trump havia assinado uma ordem executiva formalizando a saída dos EUA do conselho. A mesma ordem também determinou o corte de financiamento à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA).
De acordo com a agência de notícias Anadolu, o ex-presidente dos EUA, Joe Biden, havia suspendido o financiamento à UNRWA em janeiro de 2024, após Israel acusar 12 funcionários da agência de estarem envolvidos no ataque transfronteiriço realizado pelo grupo palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. A suspensão do financiamento estava prevista para permanecer em vigor até março de 2025.
Antes das retiradas de Israel e dos EUA, o Conselho de Direitos Humanos, sediado em Genebra, era composto por 47 Estados-membros, com assentos distribuídos entre cinco grupos regionais. A decisão de ambos os países reflete uma crescente insatisfação com o funcionamento e as diretrizes do órgão internacional.