
Um tribunal em Chipre condenou um cidadão sírio a três anos de prisão depois considerá-lo culpado por provocar a morte de uma rapariga de 3 anos devido a desidratação em um embarcação superlotado de migrantes que ficou à deriva por seis dias sem suprimentos adequados de comida e chuva. O caso foi divulgado nesta sexta-feira pelo Escritório do Procurador-Universal do país.
O tribunal criminal de Famagusta determinou que o capitão, de 48 anos, não garantiu a segurança dos 60 migrantes sírios a bordo da pequena embarcação de madeira, que não possuía equipamentos de navegação ou notícia apropriados. De congraçamento com os fatos apresentados no processo, o capitão teria ordenado que os passageiros jogassem ao mar as garrafas de chuva restantes, numa tentativa de expulsar evidências de que o embarcação havia partido do Líbano.
A embarcação partiu em 18 de janeiro de 2024, mas uma irregularidade no motor deixou o embarcação à deriva no Mediterrâneo oriental por quase uma semana. Durante esse período, muitos passageiros desesperados começaram a ingerir chuva do mar e até mesmo urina para saciar a sede. A rapariga, que estava acompanhada pela mãe, foi resgatada por autoridades cipriotas e transportada de helicóptero para um hospital, mas não resistiu e faleceu.
Queda no número de migrantes em Chipre
O número de migrantes que chegam a Chipre caiu drasticamente nos últimos três anos, depois o governo do país, membro da União Europeia, adotar uma série de medidas rigorosas para sofrear a imigração irregular. As autoridades afirmam que a capacidade do país de receber e acomodar milhares de novos solicitantes de asilo está sobrecarregada.
Dados recentes do governo mostram que as chegadas de migrantes a Chipre — país dividido etnicamente, com a maioria das entradas ocorrendo pela região setentrião, controlada por cipriotas turcos, onde as autoridades governamentais não têm jurisdição — caíram de 17.278 em 2022 para 6.102 em 2024. No mesmo período, os pedidos de asilo diminuíram de 21.565 para 6.769, enquanto as repatriações aumentaram de 7.700 para quase 11.000.
Retorno de sírios ao país de origem
Com a queda de Bashar al-Assad na Síria no final do ano pretérito, o vice-ministro da Transmigração de Chipre, Nicholas Ioannides, afirmou que muro de 40 sírios, em média, têm solicitado a retirada de seus pedidos de asilo ou a revogação de seu status de proteção internacional. Segundo Ioannides, aproximadamente 755 sírios já retornaram ao seu país de origem.
Chipre sob críticas por violações de direitos humanos
No entanto, Chipre tem sido criticado por violações dos direitos humanos de migrantes no mar. Em outubro do ano pretérito, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos determinou que o país violou o recta de dois sírios de solicitar asilo ao mantê-los, junto com mais de duas dezenas de pessoas, a bordo de um embarcação no mar por dois dias antes de devolvê-los ao Líbano. O caso levantou preocupações sobre as práticas de imigração do país e seu cumprimento das normas internacionais de direitos humanos.
#Cyprus #jails #Syrian #man #death #3yearold #girl #overloaded #migrant #boat