
Um grupo de estudantes do Instituto Médio de Administração e Ciências de Saúde (IMACS) divulgou uma denúncia grave contra a instituição, acusando-a de exploração financeira, manipulação da duração dos cursos e imposição de regras opressivas. Os alunos afirmam que o IMACS, que deveria ser um ambiente dedicado à formação profissional, transformou-se em um esquema de cobranças abusivas e práticas antiéticas.
Segundo os estudantes, o IMACS tem aumentado de forma desproporcional os valores das mensalidades e dos estágios. Um estágio que inicialmente custava 2.000 foi reajustado para 3.000 e, agora, a instituição pretende cobrar entre R$ 18.000 e 19.000 Meticais, valor considerado injustificável pelos alunos.
Outra queixa é a manipulação da duração do curso. O programa, que deveria ser concluído em dois anos e meio, foi estendido para quatro anos sem justificativa pedagógica, o que os alunos interpretam como uma estratégia para arrecadar mais recursos financeiros.
Os estudantes também denunciam um ambiente sufocante, com normas abusivas que os tratam como “prisioneiros” em vez de futuros profissionais. Além disso, os estágios, além de caros, não são remunerados, deixando os alunos desamparados enquanto a instituição lucra com a situação.
Em um apelo à comunidade, os estudantes alertam sobre a falta de compromisso do IMACS com a qualidade do ensino, afirmando que a instituição prioriza o lucro em detrimento da formação dos alunos. “Se você pensa em estudar aqui, fuja dessa armadilha!”, dizem os manifestantes.
Na manhã desta quinta-feira, os estudantes se reuniram em frente à sede do IMACS para protestar, exigindo a devolução de valores pagos e justiça. Eles também pedem a intervenção urgente do Ministério da Educação, da Procuradoria-Geral da República e do Provedor de Justiça para investigar as práticas da instituição.
A denúncia tem ganhado repercussão nas redes sociais, com os estudantes incentivando a divulgação da mensagem para evitar que mais pessoas sejam vítimas do que chamam de “esquema exploratório”. O IMACS ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.