
Cerca de 26 famílias do Bairro Nhantchere, na Cidade de Moatize, afetadas pelas cheias de 14 de novembro de 2024, manifestaram-se nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, na segunda maior entrada da empresa indiana Vulcan Moçambique.
O protesto teve como objetivo exigir o pagamento pelos prejuízos causados pelas inundações, após a empresa ter assumido a responsabilidade pelo fechamento do principal canal de escoamento de água na região. Os manifestantes, que agiram de forma pacífica, relataram que, após receberem um primeiro apoio alimentar, participaram de mais de duas reuniões com representantes da Vulcan e líderes locais.
Na última reunião, a empresa teria prometido indenizar as famílias de acordo com os danos causados, comprometendo-se a realizar os pagamentos até janeiro deste ano.
No entanto, até o momento, nenhum valor foi repassado. Durante as cheias, duas famílias tiveram suas casas totalmente destruídas, o que levou a Vulcan a alugar moradias temporárias para elas por um período de três meses. Esse prazo já expirou, e as famílias agora temem ser despejadas pelos proprietários dos imóveis. Segundo os manifestantes, a empresa solicitou mais dois meses para resolver a situação definitivamente.
Vale destacar que a área residencial do Bairro Nhantchere está localizada a menos de 200 metros da mina operada pela Vulcan Moçambique, o que aumenta a vulnerabilidade da comunidade a impactos ambientais causados pela atividade mineradora.
As famílias afetadas continuam aguardando uma solução por parte da empresa, enquanto cobram transparência e agilidade no cumprimento das promessas feitas.
Fonte: Fungai Caetano