
Membro do Partido Religioso Sionista defende prioridade à vitória sobre libertação de reféns em Gaza
Em entrevista ao Meato 12 de Israel, Strock, membro do Partido Religioso Sionista, liderado pelo ministro das Finanças Bezalel Smotrich, afirmou que “vencer a guerra é mais importante do que resgatar o último refém”. Ele sugeriu que Israel pode ter que perfurar mão de alguns reféns em Gaza para compreender uma vitória estratégica na região. “Leste é um tópico que foi discutido e acordado em Israel há 10 anos”, disse Strock.
O político também citou o líder da oposição, Yair Lapid, e o ex-ministro da Segurança Pública, Omer Bar-Lev, que já expressaram visões semelhantes sobre a urgência de lastrar a libertação de prisioneiros com os objetivos estratégicos do país. Strock argumentou que a libertação contínua de prisioneiros palestinos poderia ser interpretada porquê um sinal de “fraqueza” por segmento de Israel, enfraquecendo a capacidade do país de tomar decisões firmes.
Strock lembrou que já se opôs a acordos anteriores com o Hamas e ameaçou retirar seu partido do governo em julho, caso fossem feitas concessões consideradas excessivas. Suas declarações ocorrem no contexto do recente convénio de cessar-fogo e troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor no domingo, 19 de janeiro.
Conformidade de cessar-fogo e troca de prisioneiros
O convénio, que prevê três fases, resultou na libertação de 1.135 prisioneiros palestinos e 19 prisioneiros israelenses, além de 5 tailandeses detidos em Gaza, durante as seis primeiras rodadas de negociações. No entanto, Israel suspendeu a libertação de prisioneiros palestinos em seguida alegar que o Hamas estava utilizando as cerimônias de libertação para fins de propaganda.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em transmitido que a libertação de 602 prisioneiros palestinos seria suspensa até que outros reféns israelenses fossem libertados sem cerimônias públicas. O Hamas, por sua vez, denunciou a decisão, destacando que 151 prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua ou a penas pesadas continuam detidos.
O impasse reflete as tensões contínuas entre as partes, enquanto Israel procura lastrar a pressão interna pela libertação de reféns com a urgência de manter uma posição firme contra o Hamas. Strock defende que a prioridade deve ser a vitória estratégica, mesmo que isso signifique sacrificar a libertação de alguns reféns.