
A polícia da província sul-africana de Gauteng continua no encalço do inquilino da casa, onde cerca de cinquenta imigrantes ilegais eram supostamente mantidos reféns, em Lombardy, leste da cidade de Joanesburgo.
Os cinquenta imigrantes, entre etíopes e somalis, com idades entre os 13 e 24 anos, fugiram da casa, na manhã desta quarta-feira, após arrombarem as portas e janelas.
A polícia foi alertada quando os estrangeiros, alguns semi nus, fugiam em debandada, dando a entender que eram mantidos na casa de Lombardy contra a sua vontade, no que pode configurar um caso de tráfico humano.
O comandante da polícia de Gauteng, Tommy Mthombeni, disse na noite desta quarta-feira, que a Polícia tem sob custódia 32 dos 50 imigrantes.
Destes a polícia quer perceber como entraram na África do Sul e como foram parar no suposto cativeiro, no leste de Joanesburgo.
Já do inquilino da casa, ainda a monte, as autoridades querem tirar a limpo se se trata ou não de mais um caso de tráfico humano.
Em Janeiro deste ano, também na mesma zona, vinte e seis etíopes foram resgatados de um cativeiro. Em conexão com este caso foram detidas três pessoas, agora ligadas a práticas de crimes de sequestros, na zona de Benoni:
“Não podemos ignorar a questão do tráfico humano. Como disse, no caso de 9 de Janeiro os três detidos estão a ser acusados de tráfico de seres humanos. No caso de hoje, nós ainda não podemos apanhar o inquilino da casa, então os imigrantes sob nossa custódia, como imigrantes ilegais”, disse.
Mthombeni também confirmou que duas pessoas foram detidas em conexão com a morte de seis elementos da patrulha comunitária em Soshanguve, nos arredores de Pretoria.
Na mesma operação a polícia diz ter recuperado duas armas de fogo, que vão a exame de balística.
O incidente foi registado no último fim-de-semana.(RM Johannesburg)