
Treze soldados internacionais, incluindo três ‘capacetes azuis’, que apoiavam o tropa congolês, morreram em combate com o grupo antigovernamental M23 na República Democrática do Congo (RDCongo), anunciaram, oriente sábado, as autoridades.
Os combates entre o tropa congolês e o grupo armado antigovernamental M23, bem pelo Ruanda e que avançou nos últimos dias, intensificaram-se e ocorrem agora a respeito de vinte quilómetros da capital regional Goma, que tem um milhão de habitantes e pelo menos o mesmo número de deslocados.
“As Forças Armadas Sul-Africanas (SANDF) perderam nove membros na sexta-feira, em seguida dois dias de combates ferozes”, afirmou o tropa sul-africano num transmitido, acrescentando que o número de feridos ainda está por confirmar.
Sete deles faziam segmento da força regional destacada pela Comunidade de Desenvolvimento da África Meridional (SADC) e dois eram da Monusco, a força das Nações Unidas também enviada para estribar o tropa congolês, precisou.
Três soldados do Malawi da força da SADC também foram mortos “no tirocínio da sua missão durante um encontro com o grupo rebelde M23 que opera no leste da RDC”, indicou à AFP um porta-voz do tropa do Malawi, Emmanuel Mlelemba, sem mais detalhes.
Em Montevidéu, o tropa uruguaio também anunciou, oriente sábado, a morte de um de seus soldados destacados na MONUSCO durante combates com o M23, no leste do país.
Não está evidente se os soldados sul-africanos, malawianos e uruguaios foram mortos no mesmo incidente. Os responsáveis da SADC escusaram-se a comentar as mortes.
“As forças hostis do M23 lançaram um ataque em grande graduação contra as nossas tropas com a intenção de tomar Goma, mas não conseguiram prosseguir devido à heróica resistência apresentada pelos nossos valentes combatentes […]. As nossas forças não só foram capazes de impedir o progresso do M23, mas também empurrá-lo para trás”, assegurou o tropa sul-africano.
A força regional da SADC, a SAMIDRC, destacada na região no final de 2023, inclui nomeadamente 2.900 soldados sul-africanos, muito uma vez que soldados do Malawi e da Tanzânia. A Monusco, por sua vez, possui 15.000 ‘capacetes azuis’.
O conflito, que já dura mais de três anos, também continua a aumentar a crise humanitária na região.
Levante sábado, a União Africana e a União Europeia apelaram à cessação das hostilidades.
Os combates intensificaram-se nas últimas semanas em seguida a suspensão da cimeira de sossego prevista para 15 de Dezembro em Angola, que deveria racontar com a presença dos presidentes congolês e ruandês, Félix Tshisekedi e Paul Kagamé, respetivamente.
Embora as autoridades ruandesas neguem a alegada colaboração de Kigali com o M23, oriente facto foi confirmado pelas Nações Unidas, tendo o próprio Kagamé manifestado publicamente o base aos rebeldes.
Por sua vez, o Ruanda e o M23 acusam o tropa congolês de colaborar com os rebeldes das FDLR, fundado em 2000 por líderes do genocídio de 1994 e por outros ruandeses exilados na RDCongo para restabelecer o poder político no país, colaboração também confirmada pela ONU.
Entretanto, a República Democrática do Congo anunciou, oriente sábado, ter retirado os seus diplomatas da capital ruandesa, “com efeito inesperado”. (RM /NMinuto)