
Presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, reafirma que o lago Malawi pertence aos malawianos.
Falando no parlamento, Chakwera disse que o seu país é pacífico por isso que se envolveu em conversações sobre a disputa do lago, contudo, vincou que este pertence ao Malawi.
A posição do estadista malawiano, surge depois de, especialistas em relações internacionais instaram o Governo do Malawi a fornecer orientações práticas sobre a forma como está a lidar com as decisões da Tanzânia sobre a fronteira do Lago Malawi, afirmando que a determinação é fundamental.
Além de construir o Porto da Baía de Mbamba nas águas do lago em disputa, no início do ano passado, o governo da Tanzânia instruiu os professores para utilizarem um mapa que descreve a fronteira entre a Tanzânia e o Malawi no Lago Malawi a passar pelo meio da sua metade superior, e não ao longo da costa.
Face a esta posição da Tanzânia, George Chaima, especialista em governo, planeamento público e política internacional, disse que o Malawi precisa de mostrar seriedade ao lidar com este assunto rapidamente.
Para Chaima, o presidente Lazarus Chakwera, precisa de garantir aos malawianos que irá proteger este precioso património nacional a todo o custo, interagindo com as autoridades da Tanzânia ou mesmo indo além da linha da fronteira, pois a Tanzânia está a lidar este assunto com seriedade.
Por seu turno, Michael Jana, especialista em relações Estado-sociedade, imputou culpas aos actores internacionais por não ajudarem a lidar com a situação, mas insistiu que o Malawi e a Tanzânia continuam a ser fundamentais para por termo à contenda.
Sabe-se que, uma equipa de mediadores na disputa fronteiriça do lago Malawi, que incluía os antigos presidentes Thabo Mbeki da África do Sul e Festus Mogae do Botswana, reuniu-se pela última vez em Pretória, na África do Sul.
O Malawi baseia o seu argumento sobre a propriedade do Lago Malawi num tratado de 1 de Julho de 1890 entre a Alemanha e a Grã-Bretanha que mapeia a fronteira entre os dois países ao longo das costas da Tanzânia.
Por outro lado, a Tanzânia está a invocar a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982, que estipula que, nos casos em que as nações estão separadas por corpos de água, a fronteira fica no meio da fonte de água. (RM Blantyre)