
Conflito pós eleitoral registado em alguns pontos de Moçambique, atrasa a entrega das obras de interconexão eléctrica Malawi-Moçambique.
Antes projectada para Junho deste ano, a entrega só poderá acontecer em Outubro próximo, segundo o coordenador do projecto e director de operações da ESCOM, empresa distribuidora da energia eléctrica no Malawi.
Maxwell Mulimakwenda, disse que a meta de Junho de 2025 é improvável porque as obras em Moçambique estão com três meses de atraso.
Segundo Mulimakwenda, do lado do Malawi, as obras estão quase na fase conclusiva, e serão comissionadas até ao fim deste mês de Março.
Malawi reverteu seu plano anterior de absorver 120 megawatts de energia, devido a falta de fundos, pois a operação custaria ao país cerca de 10 milhões de dólares mensais.
Assim, nos primeiros cinco anos, o Malawi vai consumir 50MW, o que corresponde a cerca de 4,5 milhões de dólares/ mês.
O projecto compreende a construção de uma linha de transmissão de alta tensão de 218 quilómetros e 400 quilovolts para fornecer cerca de 50 MW à rede nacional de energia eléctrica do Malawi.
O interconector de energia é um dos projectos que deve melhorar a escassez de energia local, já que o Malawi provavelmente não conseguirá atingir sua meta de 1000 MW até 2025.
Actualmente, o Malawi tem uma capacidade instalada total de 554,24 MW de energia, dos quais 101 MW são de fontes alternativas, de acordo com a ESCOM.
Em Novembro de 2021, o presidente do Malawi Lazarus Chakwera e o antigo estadista de Moçambique, Filipe Nyusi presidiram o lançamento das obras de construção da linha de transmissão do interconector de energia na província de Tete.
No entanto, as obras só começaram em Março de 2023, com o empreiteiro indiano Larsen and Toubro Limited garantindo que as mesmas terminariam em Dezembro de 2023.
O interconector de energia também elevará o perfil do país de observador, para membro totalmente operacional do Southern African Power Pool. (RM Blantyre)