
Malawi e Moçambique comprometem-se a reforçar a colaboração no Projecto de Comércio e Conectividade da África Austral, com vista a aumentar o fluxo das actividades comerciais ao longo dos corredores específicos dos dois países.
Para o efeito, os altos-comissários de Moçambique no Malawi, Alexandre Manjate e a sua homóloga do Malawi em Moçambique, Wezi Moyo, em representação dos dois governos, chegaram a um acordo esta terça-feira, na cidade de Lilongwe, para a implementação de postos de fronteira de paragem única entre os dois países.
A reunião foi antecedida por visitas às fronteiras de Mwanza-Zobue e Dedza-Calomue com objectivo de avaliar as instalações do Malawi para a implementação do conceito de Postos de Fronteira de Paragem Única.
Neste encontro, as partes fizeram as devidas observações e definiram o roteiro a seguir para a implementação do projecto.
O consultor do Projecto de Comércio e Conectividade da África Austral, para Moçambique, Domingos Diogo, afirmou que a visita foi importante para garantir que Moçambique e Malawi alinhem seus esforços no projecto para que as actividades comerciais sejam consistentes e relevantes para ambos os países.
No âmbito do projecto de seis anos iniciado em 2021, o Malawi irá reabilitar a estrada Liwonde-Matawale, de 47 quilómetros, para ligar a fronteira de Chiponde em Mangochi que liga a província do Niassa.
Prevê igualmente reabilitar a estrada Blantyre – Zomba, adquirir drones que a Autoridade Tributária do Malawi usará para monitorar o contrabando e construir centros de inspecção no interior em Lilongwe e Blantyre para agilizar o desembaraço de mercadorias.
O projecto também implementará infra-estrutura de última milha, como construção de galpões de mercado, pontes e reabilitação de alguns trechos de estradas.
O Banco Mundial está financiando o Projecto de Comércio e Conectividade da África Austral, com 150 milhões de dólares no Malawi e 230 milhões de dólares em Moçambique, com o objectivo de aumentar a coordenação comercial regional, reduzir os custos, flexibilizar o comércio, desenvolver cadeias de valor regionais e melhorar o acesso à infra-estrutura. (RM Blantyre)