
Após meses de uma relação instável, Israel decidiu voltar a atacar. Há mais de 300 mortos e a promessa de que esta pode ser a “sentença de morte” para os reféns que ainda aguardavam por regressar a casa.
Dezasseis dias depois do fim da 1.ª fase do acordo de cessar-fogo com o Hamas – e após cerca de dois meses de uma relação de altos e baixos -, Israel decidiu voltar a atacar a Faixa de Gaza.
As Forças de Defesa de Israel lançaram dezenas de ataques em toda a Faixa de Gaza durante esta noite, depois de terem recebido ordens do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para “actuar com força”contra o grupo terrorista, noticia o The Times of Israel. Segundo o mesmo meio, a ordem do governante acontece depois de o Hamas se ter recusado a libertar reféns.
Recorde-se que Israel exigia que a primeira fase do acordo continuasse até que mais reféns israelitas fossem libertados. Ao Notícias ao Minuto, o próprio embaixador de Israel em Portugal tinha garantido que esta guerra não acabaria enquanto os reféns não fossem todos libertados.
Na semana passada, o Hamas anunciou a libertação de um refém americano-israelita e ainda a entrega de quatro corpos. Contudo, garantia que isso só aconteceria se, no dia da libertação, as conversações sobre a segunda fase do cessar-fogo, há muito adiadas, voltassem a estar em cima da mesa e durassem no máximo 50 dias.
Israel também teria de deixar de impedir a entrada de ajuda humanitária e retirar-se de um corredor estratégico ao longo da fronteira de Gaza com o Egipto.
O Hamas avisou hoje que só libertará um americano-israelita e os corpos de quatro outros reféns se Israel implementar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, chamando-lhe um “acordo excepcional” destinado a recolocar a trégua no caminho certo.
“Perante as repetidas recusas do Hamas em libertar os nossos reféns, bem como as constantes rejeições ás propostas norte-americana”, afirmou Netanyahu, Israel decidiu voltar ao ataque.
Antes de o fazer, terá informado Washington, conforme confirmou fonte da Casa Branca. “A administração Trump e a Casa Branca foram consultadas pelos israelitas sobre os seus ataques em Gaza esta noite”, disse a secretária de imprensa Karoline Leavitt no programa ‘Hannity’, da Fox News.
“Como o Presidente Trump deixou claro, o Hamas, os Hutis, o Irão e todos aqueles que procuram aterrorizar não só Israel, mas também os Estados Unidos, vão pagar um preço: o inferno vai rebentar”, disse Leavitt na entrevista televisiva.
Já o governo israelita veio reforçar que os ataques não vão acabar enquanto os reféns não forem libertados. (RM-NM)