Na madrugada do dia 15 de janeiro de 2025, a notícia do assassinato de Arlindo César Severiano Chissale, renomado jornalista investigativo e figura influente do partido PODEMOS, chocou Moçambique. O crime, que também vitimou outro delegado do partido, revela o agravamento da repressão política na província de Cabo Delgado e levanta sérias preocupações sobre a segurança de defensores de direitos humanos no país.
Chissale, desaparecido desde o dia 7 de janeiro, partiu de Pemba rumo a Nacala, mas nunca chegou ao destino. Segundo familiares, ele se despediu de seus parentes em Pemba e manteve contato com a esposa até a tarde do desaparecimento. Contudo, após as 18h, seus telefones ficaram fora de rede. A busca desesperada da família foi marcada pela ausência de respostas, até que ativistas de direitos humanos, como Jota Pachoneia, confirmaram o assassinato, embora o corpo ainda não tenha sido entregue à família.
Pachoneia, que esteve envolvido nas investigações, declarou em suas redes sociais:
“Recebemos informações de que Chissale foi executado pelo regime em Cabo Delgado, junto a outro delegado do PODEMOS. Estamos trabalhando incansavelmente para localizar o corpo e entregá-lo à família, mas enfrentamos muitas dificuldades.
Esse crime é mais uma demonstração da repressão e do desrespeito aos direitos humanos na região, além de outros casos de membros do Partido PODEMOS crivados com balas e o terrorismo que assola a região.
Impacto e apelo por justiça
Arlindo Chissale era conhecido por sua postura crítica e sua defesa pela liberdade e pela democracia. Sua morte representa um duro golpe à liberdade de imprensa e à oposição política em Moçambique. Organizações de direitos humanos e a comunidade internacional ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o Desaparecimento do jornalista.
Ele também foi editor da página Pinnacle News, uma importante plataforma de informação independente que ganhou destaque por reportar a realidade dos ataques insurgentes na província de Cabo Delgado.
Durante um período crítico em Moçambique, Pinnacle News tornou-se uma das poucas fontes confiáveis para quem buscava entender a gravidade da crise humanitária e de segurança que assolava a região. Enquanto a grande mídia nacional permanecia em silêncio, Chissale e sua equipe expunham os horrores enfrentados pela população, destacando a violência, os deslocamentos forçados e o impacto dos ataques insurgentes.
Seu trabalho jornalístico era marcado por coragem e compromisso com a verdade, o que o tornava uma ameaça para aqueles que desejavam ocultar os fatos. A plataforma conquistou respeito por sua abordagem direta e pela denúncia de injustiças, mas também atraiu inimigos poderosos.
A família de Chissale, devastada pelo desaparecimento, pede apoio para encontrar o corpo e trazer um desfecho digno a essa tragédia. Este episódio marca mais um capítulo sombrio na história de Cabo Delgado, onde a luta pela justiça se intensifica em meio à violência e ao autoritarismo.
“A memória de Arlindo Chissale viverá como um símbolo de resistência contra a opressão” Pessoas nas redes sociais.
Este acto de raptos e assassinados é um assunto que teve ser intervido com a Sociedade internacional e nao só nacional pork sao os mesmos nacionais que nos assassinam mortalmente