Daniel Francisco Chapo assumiu a presidência de Moçambique em 15 de janeiro de 2025, destacando como prioridades o fortalecimento das forças de segurança e a maximização dos benefícios dos projetos de petróleo e gás.
Contudo, o novo governo enfrenta desafios significativos, incluindo a influência de acordos secretos firmados entre o ex-presidente Filipe Nyusi e Paul Kagame, presidente do Ruanda, que ampliaram a presença ruandesa em Cabo Delgado.
Chapo busca fortalecer as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e garantir maior autonomia para o país, contrastando com a dependência de forças estrangeiras que marcou a gestão anterior. A presença ruandesa em Cabo Delgado é vista como eficaz no combate ao terrorismo, mas tem gerado preocupações sobre a soberania nacional.
No setor energético, o projeto Mozambique LNG, liderado pela TotalEnergies, segue paralisado desde ataques extremistas em 2021. Recentes mudanças no comando da empresa sinalizam um reposicionamento estratégico, enquanto negociações com o Ruanda continuam envoltas em sigilo.
Chapo enfrenta o desafio de equilibrar a segurança interna com interesses estrangeiros, enquanto busca implementar ações concretas para restaurar a confiança da população e reforçar a soberania do país.